terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

ambiente-polluentes

Emissão de Poluentes Atmosféricos Locais do biodiesel em comparação com o diesel mineral
As emissões de poluentes locais (controlados e não controlados) do biodiesel variam em função do tipo da Matéria Graxa (Triglicerídeos e Ácidos Graxos) utilizada para a produção do biodiesel, ou seja, o tipo de óleo vegetal (soja, mamona, palma, girassol, etc) ou gordura animal usado na produção do biodiesel. Quanto ao biodiesel ser um éster etílico ou metílico, a princípio não é relevante quanto às emissões de poluentes locais.
Efeito do biodiesel em relação às emissões de poluentes controlados
O uso do biodiesel reduz as emissões do monóxido de carbono (CO), do material particulado (MP), do óxido de enxofre (SOx), dos hidrocarbonetos totais (HC) e de grande parte dos hidrocarbonetos tóxicos, que apresentam potencial cancerígeno.
O biodiesel de referência é o originário de óleo de soja. Observa-se que um grande grupo de óleos vegetais e de gordura animal poderá apresentar benefícios ambientais superiores, e por conseguinte, custos evitados da poluição maiores do que os vislumbrados aqui.
Um estudo conjunto do Departamento de Energia e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos mostra que o biodiesel reduz em 78% as emissões líquidas de CO. Estudos realizados pelo Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Limpas – mostram que a substituição do óleo diesel mineral pelo bio diesel resulta em reduções de emissões de 20% de enxofre, 9,8% de anidrido carbónico, 14,2% de hidrocarbonetos não queimados, 26,8% de material particulado e 4,6% de óxido de nitrogénio. Contudo, estudo da União Europeia mostra aumento das emissões de NOx associado ao biodiesel em relação as do diesel de petróleo e esse aumento tem sido confirmado por muitos estudos, entretanto, não é impedimento para a disseminação do biodiesel devido às grandes vantagens em relação aos outros poluentes, mas deve ser considerado porque é um dos principais precursores do ozónio troposférico, atualmente o mais grave problema de qualidade do ar na maior cidade brasileira. É um incremento pequeno se comparado com as reduções de grande magnitude dos outros poluentes.
além disso, há estudos em andamento visando reduzir a formação do NOx mediante o emprego de catalisadores adequados, a identificação da fonte ou propriedade que pode ser modificada para minimizar as emissões e a mudança do tempo de ignição do combustível, com a finalidade de alterar as condições de pressão e temperatura de modo a proporcionar menor formação de óxido de nitrogénio.
Cabe destacar, todavia, que o ajuste na regulagem dos motores e a instalação de catalisadores (visando a redução na formação de NOx) são operações simples durante o processo de produção de veículos novos, mas se revestem de considerável complexidade e de difícil mensuração de resultados quando se trata da frota de veículos em circulação, com número variado de modelos e anos de uso.
Outro estudo, analisou apenas as emissões de gases de efeito estufa geradas pelo ciclo de vida do consumo do álcool (desconsiderando as emissões de gases de efeito estufa do ciclo de vida da matéria graxa), o uso do biodiesel metílico reduz a emissão de gases causadores do citado efeito em 95%. Quanto ao biodiesel etílico, a redução é de 96,2%, havendo, portanto, diferença pouco significativa (1,2%) entre os dois estes. As emissões de poluentes locais (controlados e não controlados) do biodiesel variam, basicamente, em função do tipo de óleo vegetal (soja, mamona, palma, girassol, etc) ou gordura animal usados na produção do biodiesel. Tomando-se por base o biodiesel puro (B100), produzido com óleo de soja, seu uso reduz as emissões do monóxido de carbono (CO) em 48%, de material particulado (MP) em 47%, do óxido de enxofre (SOx) em praticamente 100% e dos hidrocarbonetos totais (HC) em 67%.
Efeito do biodiesel em relação às emissões de gases tóxicos
Os hidrocarbonetos totais, que são controlados, apresentam uma diversidade de compostos tóxicos que não são controlados individualmente. Dos 21 compostos hidrocarbónicos tóxicos, que provocam câncer e outros sérios efeitos à saúde, identificados como fonte móvel de gases tóxicos “mobile source air toxics” (MSATs), sete são metais. Como o biodiesel é livre de metais, o mesmo apresentará redução de emissões destes compostos em relação ao diesel mineral e a seus aditivos que contenham metais. Dos quatorze compostos MSATs remanescentes, o EPA, 2002, avaliou onze.
Apesar de haver uma variação grande nos efeitos à saúde que cada composto tóxico provoca individualmente, a quantidade de dados disponíveis sobre o total de compostos tóxicos é muito maior do que o que existe para os compostos desagregados. Assim, a correlação entre as emissões totais de gases tóxicos do biodiesel em relação ao diesel convencional é estatisticamente mais robusta. Como resultado, o EPA apresenta o impacto do biodiesel nas emissões dos gases tóxicos, bem como dos hidrocarbonetos, em relação ao diesel mineral.


Valoração dos Custos Evitados da Poluição pela substituição do diesel mineral pelo biodiesel
O exercício de valoração dos custos evitados da poluição, devido ao uso do biodiesel, apresenta o objetivo de oferecer elementos que justifiquem uma política tributária, ou mesmo de subsídios, que internalize os benefícios ambientais existentes.
Caso o diesel convencional seja substituído pelo B5, os custos evitados com a poluição estariam em torno de custos elevados, enquanto que nas dez mais importantes metrópoles a economia seria mais baixa.
A penetração do biodiesel na matriz energética brasileira reduzirá as externalidades negativas para o sistema económico que o uso do diesel mineral provoca. Assim, a valoração propicia traduzir os benefícios ambientais para a linguagem económica, contribuindo para a efetiva internalizarão destes efeitos na política pública do biodiesel no Brasil.
Ao reduzir a poluição, o uso do biodiesel permitiria que se evitassem custos de variada ordem, relacionados principalmente à saúde. As estimativas resumidas na tabela a seguir indicam que a substituição do diesel de origem fóssil pelo biodiesel puro (B100) proporcionaria redução desses custos, nas dez principais cidades brasileiras, e em nível nacional.
Impacto da Utilização do Biodiesel no Transporte Coletivo Urbano por autocarro.
Os níveis tarifários praticados, atualmente, no transporte coletivo urbano têm se tornado problema social na medida em que os usuários mais carentes se vêem obrigados a fazer longas caminhadas a pé por falta de recursos para tomar autocarro, verificando-se, inclusive, casos extremos de trabalhadores que preferem dormir em locais precários próximos ao local de trabalho apenas para não terem o gasto de deslocamento até suas casas. Esse tipo de atitude é um dos limitantes do convívio familiar que tem influência sobre os índices de violência.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008